Aqueles Dias

Tem dias que você acorda meio “sei lá”. Sua unha quebra, o cabelo não coopera, a chuva cai. Você esquece o carregador do celular, o sutiã incomoda e, adivinha: o próprio celular não está na sua bolsa porque você o largou no banco do ônibus quando estava a caminho do trabalho. Droga. Será que o motorista vai guardar e te devolver amanhã? Ele é sempre tão gentil... É, acho que não.

Pensando bem, tudo bem. Aquele aparelhinho já estava na sua vida há quase quatro anos, era hora de trocar. Aliás mocinha, está na hora de trocar muitas coisas que estão na sua vida há anos. Tá bom, calma, vai devagar que uma hora tudo se ajeita.

Apesar desses dias serem tão estressantes e você pedir aos deuses que o próximo demore para surgir, eles não demoram e a única coisa que podemos fazer é: sorrir e acenar, conformar-se com a situação e continuar os afazeres da rotina. E sim, funciona.

Depois tudo se ajeita. A sua vontade é se enfiar debaixo de um cobertor e não sair de lá nunca mais, ou então simplesmente se esparramar no chão de uma área aberta em um dia bem ensolarado, para sentir a pele aquecer e aquecer. Doida? Talvez. É que essa sensação traz conforto e já que ninguém o faz, recorrer ao cobertor ou ao sol é o plano B.

Porém, como já mencionei, não vai rolar. Em dias assim não deseje que as horas passem rápido, pois aprendi com uma sábia que desejar isso é como dizer: “Morte, venha mais depressa”. Meio dramático, eu sei, mas se você parar para pensar, é coerente. Alegar que a vida é uma montanha russa é a expressão mais clichê que eu poderia te falar, só que ela é mesmo. Não se desespere. Quando você menos espera, o destino te prega uma peça e te leva nas alturas.

Autor: Érika Pacheco

Blog: Papo Vai, Papo Vem.