Oi, tudo bem? Precisamos conversar. Não sei muito bem por
onde começo... Para falar a verdade não sei nem se deveria começar. Foram
inúmeras as vezes em que pensei em fazer isso, mas algo sempre me impediu. Uma
intuição sempre me disse: não cometa o mesmo erro pela terceira vez.
Queria que não fosse assim, que não fosse um erro. Eu ainda
tenho medo de arranjar problemas e me decepcionar, afinal temos um tipo de
relação proibida. Acontece que, diversas vezes, você vem do nada na minha
cabeça e eu não consigo te tirar dela. Como minhas opções de refúgio não são
tão variadas, acabei finalmente criando coragem e decidindo falar de você, pra
você.
Lembra quando, numa mensagem, você me propôs uma
conciliação? “Podemos ser amigos. Não de proximidade, mas de consideração”. Na
época eu recusei, mas até que seria uma boa ter alguém do seu tipo agora, me
ajudaria a resolver uns problemas. Afinal esse era o seu forte: ouvir e
aconselhar, sem papas na língua. E não é que dava certo!? Preciso disso novamente,
preciso do seu jeito sincero, durão e protetor.
Sei que te sacaneei e as consequências foram pesadas, mas
não me restava outra saída. Era eu ou você. Além de ter as costas mais largas,
não foi do seu lado que a bomba estourou há três outonos. Concluí que seria
justo, ficaríamos quites.
E olha, desde esses “três outonos” foi como se eu
paralisasse. Conheci pessoas novas, legais, mas não sinto progresso. Agi
impulsivamente, mudei meus princípios, me perdi depois que te perdi. Então que
tal a gente esquecer tudo e recomeçar? Volte a me ligar de vez em quando, como
velhos amigos; volte a ser o único que diz que eu sou um montão de coisas boas
e que eu mereço o mundo; volte a fazer minha pele se arrepiar com sua voz
áspera e convidativa; apenas volte e reascenda-me.
Autor: Érika Pacheco
baita texto.. consigo sentir a tua dor..
ResponderExcluirmas sabe, não vale a pena..
deixa pra lá.. foca em outras coisas.. logo tu fica bem!!
Oi Fernanda! Belo texto né? Quem escreveu foi nossa parceira Erika.
ExcluirBeijinhos.